Revisão de Pensão por Morte

A pensão por morte é um benefício previdenciário destinado a garantir proteção financeira aos dependentes do segurado falecido. O valor da pensão está diretamente ligado ao benefício que o segurado recebia ou teria direito de receber na data do óbito. Por isso, qualquer erro no cálculo do benefício de origem impacta diretamente o valor pago aos dependentes.

Quando é possível pedir a revisão

A revisão da pensão por morte pode ser solicitada sempre que houver indícios de que o valor foi calculado de forma incorreta, seja por falha no benefício original do falecido, por erro de enquadramento, ou pela falta de reconhecimento de períodos trabalhados que aumentariam o tempo de contribuição.

As situações mais comuns incluem:

  • O benefício de aposentadoria do falecido foi concedido com erro de cálculo (por exemplo, média salarial incorreta, teto mal aplicado, atividades concomitantes não somadas).
  • O segurado não era aposentado no momento do falecimento, e o INSS calculou a pensão sem considerar todo o tempo de contribuição efetivamente existente.
  • O falecido tinha direito a se aposentar antes do óbito, mas nunca solicitou o benefício — situação em que é possível revisar a pensão para reconhecer o valor que ele teria direito a receber.
  • O benefício foi calculado sem incluir tempo especial, tempo rural ou tempo como pessoa com deficiência, o que poderia elevar o valor base da aposentadoria e, consequentemente, o valor da pensão.
  • O INSS aplicou incorretamente os percentuais de cotas ou reajustes anuais.
  • O dependente tem direito à pensão integral, mas o benefício foi concedido de forma parcial ou reduzida.

Como é feito o cálculo da pensão

Após a Reforma da Previdência (EC nº 103/2019), a forma de cálculo da pensão mudou. Agora, a base da pensão é o valor que o falecido recebia ou teria direito a receber caso fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito. Isso significa que o tempo total de contribuição do falecido influencia diretamente o valor da pensão. Quanto maior o tempo de contribuição e mais corretamente ele for reconhecido (especialmente períodos especiais, rurais ou como pessoa com deficiência), maior será o valor da pensão.

Importância de revisar o histórico laboral do falecido e a condição do dependente

Para garantir que a pensão seja calculada corretamente, é essencial avaliar toda a vida laboral do segurado falecido, verificando:

  • Se todos os períodos de contribuição estão registrados no CNIS;
  • Se há atividades especiais não reconhecidas (como exposição a agentes nocivos);
  • Se existem períodos rurais ou de economia familiar que não foram computados;
  • Se o falecido possuía deficiência durante parte da vida laboral, o que reduz o tempo mínimo exigido e pode alterar a regra de cálculo.
  • Se o dependente é inválido ou deficiente, o que faz com que a pensão seja de 100%, sem aplicação das cotas.
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Muitos casos revelam que o falecido já possuía direito adquirido à aposentadoria antes do óbito, mas nunca chegou a requerer o benefício. Nessas situações, é possível revisar a pensão para que o cálculo seja feito como se ele tivesse sido aposentado corretamente em vida, garantindo o valor integral a que os dependentes têm direito.

Quem tem direito à revisão

Podem solicitar a revisão os dependentes que já recebem pensão por morte e identificam possíveis erros ou inconsistências no valor do benefício. Entre eles:

  • Cônjuge ou companheiro(a);
  • Filhos menores de 21 anos , inválidos ou deficientes;
  • Pais ou irmãos dependentes, quando não houver cônjuge ou filhos.

Cada caso deve ser analisado individualmente, já que o direito à revisão pode envolver questões de cálculo, tempo de contribuição, grau de dependência e até decisões judiciais anteriores.

Prazo para pedir a revisão

O prazo para solicitar a revisão é, em regra, de 10 anos a contar do primeiro pagamento da pensão. Entretanto, quando a revisão depende de reconhecimento de períodos não analisados, revisão de aposentadoria do falecido ou erro que se renova mensalmente (como reajustes mal aplicados), o prazo pode ser contado de forma diferente. Por isso, uma análise técnica detalhada é fundamental para não perder o direito à revisão.

Por que a revisão é importante

A revisão da pensão por morte pode corrigir erros históricos e garantir valores que refletem o real direito dos dependentes. Muitas vezes, um simples erro de cálculo ou um período não reconhecido pode representar anos de pagamentos reduzidos. Além de recuperar valores retroativos, a revisão também atualiza o valor mensal da pensão, garantindo segurança financeira aos dependentes.

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  • Já tenho 15 anos de contribuição. Preciso continuar contribuindo para me aposentar por idade?

    Se você já completou 15 anos de contribuição, já atingiu o tempo mínimo necessário para a aposentadoria por idade. Contudo, recomendamos que continue contribuindo, pois isso garante a manutenção da sua qualidade de segurado, o que assegura o acesso a outros benefícios e pode aumentar o valor da sua aposentadoria.
  • Vou me aposentar pelas regras antigas ou pelas novas regras da reforma da previdência?

    Depende da sua situação em 13/11/2019, data da reforma. Quem já tinha direito adquirido antes dessa data pode se aposentar pelas regras antigas. Quem ainda não tinha direito, entra nas regras de transição ou nas novas regras.
  • Como funciona a aposentadoria especial?

    A aposentadoria especial é destinada a trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde ou à integridade física, mediante comprovação por documentos como PPP e LTCAT.
  • Quem tem direito à aposentadoria rural?

    A aposentadoria rural é um benefício destinado a quem trabalha no meio rural, como segurado especial em regime de economia familiar, empregado rural, trabalhador avulso ou contribuinte individual rural.
  • O que é aposentadoria por invalidez?

    É o benefício concedido ao segurado que está permanentemente incapaz de trabalhar. A incapacidade deve ser comprovada por perícia médica.
  • O que é aposentadoria por idade?

    É concedida a mulheres com 62 anos e homens com 65 anos, desde que tenham pelo menos 15 anos de contribuição.
  • O que é aposentadoria híbrida?

    A aposentadoria híbrida é uma modalidade de aposentadoria por idade que permite somar o tempo de trabalho rural e urbano para atingir o tempo mínimo de contribuição exigido.
  • O que é aposentadoria por invalidez acidentária?

    É concedida ao segurado que fica permanentemente incapaz de trabalhar em decorrência de acidente de trabalho.
  • O que é aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25%?

    É o benefício concedido ao segurado que está permanentemente incapaz de trabalhar e que necessita de assistência permanente de outra pessoa.
  • Recebo pensão por morte. Se me aposentar, perco a pensão?

    Não. É possível acumular a pensão por morte com a aposentadoria.
  • Tenho mais de 21 anos. Posso prorrogar a pensão por morte até os 24 anos por estar na faculdade?

    Não. A pensão por morte para filhos é concedida até os 21 anos, independentemente de estarem cursando ensino superior.
  • Recebo pensão por morte do meu falecido marido. Se eu me casar de novo, perco a pensão?

    Não. O novo casamento não cancela automaticamente a pensão por morte.
  • O que é tempo de contribuição?

    É o período em que o segurado efetivamente contribuiu para o INSS, independentemente da categoria.
  • Trabalhei sem registro. O INSS reconhece esse tempo?

    O INSS não reconhece automaticamente períodos trabalhados sem registro. No entanto, é possível comprovar esse tempo por meio de documentos e testemunhas.
  • O período militar conta como tempo para me aposentar?

    Sim. O serviço militar obrigatório pode ser incluído como tempo de contribuição para o INSS.
  • O período que eu estava em auxílio-doença conta como tempo para me aposentar?

    Sim, desde que o período esteja intercalado entre contribuições.
  • A partir de qual idade posso contar o período rural?

    O tempo rural pode ser contado a partir dos 7 anos de idade, desde que haja comprovação da atividade em regime de economia familiar.
  • Qual o tempo mínimo para me aposentar?

    Depende da modalidade. Para aposentadoria por idade, são exigidos 15 anos de contribuição.
  • Nunca trabalhei nem contribuí para o INSS. Tenho direito a algum benefício?

    Depende. Mesmo sem contribuições, é possível ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS).
  • Contribuo como MEI. Posso me aposentar por tempo de contribuição?

    A contribuição padrão do MEI (11% sobre o salário mínimo) garante apenas aposentadoria por idade.
  • Parei de pagar o INSS. Posso contribuir em atraso?

    Sim, em alguns casos é possível pagar contribuições em atraso, especialmente se você for contribuinte individual.
  • Posso aumentar o valor da minha contribuição mensal?

    Sim, se você for contribuinte individual ou facultativo.
  • Dona de casa pode se aposentar pelo INSS? Como funciona a contribuição?

    Sim. A dona de casa pode se aposentar e acessar outros benefícios do INSS, desde que contribua como segurada facultativa.
  • O que é contribuinte facultativo?

    É a pessoa que não exerce atividade remunerada, mas opta por contribuir ao INSS para garantir proteção previdenciária.
  • O que é contribuinte individual?

    É o trabalhador que exerce atividade por conta própria, como autônomos, profissionais liberais e empresários.
  • Como faço para começar a contribuir como autônomo?

    É necessário fazer inscrição no INSS como contribuinte individual, gerar a guia de pagamento (GPS) e pagar mensalmente.
  • Posso pagar INSS como autônomo e como MEI ao mesmo tempo?

    Sim, é possível contribuir como MEI e também como autônomo.
  • Contribuo sobre 11% do salário mínimo. Tenho direito a quais benefícios?

    Tem direito a benefícios como aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade, mas não à aposentadoria por tempo de contribuição.
  • Se eu contribuir sempre pelo mínimo, quanto vou receber de aposentadoria?

    Contribuir pelo mínimo geralmente resulta em aposentadoria próxima ao salário mínimo vigente.
  • Se eu contribuir em atraso esse tempo conta para aposentadoria?

    O INSS pode aceitar contribuições em atraso de contribuintes individuais, desde que haja comprovação da atividade.
  • O que é o LOAS ou Benefício de Prestação Continuada (BPC)?

    LOAS é a sigla para Lei Orgânica da Assistência Social, que garante o Benefício de Prestação Continuada (BPC).


  • Qual a diferença entre LOAS e aposentadoria?

    O LOAS é um benefício assistencial, enquanto a aposentadoria é previdenciária.


  • Posso acumular LOAS com outro benefício?

    Não. O LOAS não pode ser acumulado com benefícios previdenciários.
  • Me aposentei e continuei trabalhando. Posso revisar meu benefício?

    Não é possível revisar a aposentadoria com base na continuidade do trabalho, mas existem outras formas de revisão.


  • Meu benefício foi concedido há mais de 10 anos. Posso pedir revisão?

    Em geral, o prazo para pedir revisão é de 10 anos a partir do primeiro pagamento, mas existem exceções.


  • Já entrei com processo judicial e perdi. Posso entrar novamente?

    Em geral, uma questão já julgada pelo Judiciário não pode ser revista.


  • O que é revisão de benefício previdenciário?

    É o pedido para que o INSS reavalie o valor ou as condições de um benefício já concedido.


  • Qual o prazo para pedir revisão do meu benefício?

    Em geral, o prazo para pedir revisão é de 10 anos a partir do primeiro pagamento.
  • Recebo adicional de insalubridade. Tenho direito à aposentadoria especial?

    O adicional de insalubridade pode indicar exposição a agentes nocivos, mas não garante automaticamente o direito.


  • O que é tempo especial convertido em comum?

    É o tempo trabalhado em condições insalubres que pode ser convertido em tempo comum com acréscimo.


  • O que é PPP?

    O Perfil Profissiográfico Previdenciário é um documento que registra as condições de trabalho do segurado.
  • O que é auxílio-doença?

    É o benefício pago ao segurado que está temporariamente incapaz de trabalhar por motivo de doença ou acidente.


  • O que é auxílio-acidente?

    É pago ao segurado que sofreu acidente e ficou com sequelas que reduzem sua capacidade de trabalho.
  • O que é pensão por morte?

    É o benefício pago aos dependentes do segurado falecido.
  • Tenho doença grave. Posso ter isenção de imposto de renda na aposentadoria?

    Sim. Algumas doenças graves garantem isenção de imposto de renda sobre os proventos de aposentadoria.


  • Tenho cardiopatia grave. Tenho direito à isenção de Imposto de Renda?

    Sim. A cardiopatia grave está entre as doenças que garantem isenção de Imposto de Renda.


  • Como calcular o valor da aposentadoria?

    O cálculo considera a média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994, com aplicação de redutores.


  • Posso confiar no simulador do INSS?

    O simulador é uma ferramenta útil, mas pode apresentar erros se o CNIS estiver incompleto ou incorreto.


  • O valor da minha aposentadoria será igual ao salário atual?

    Não necessariamente. O valor é calculado com base na média dos salários de contribuição.


  • A empresa é obrigada a me demitir se eu me aposentar?

    Não. A aposentadoria não obriga a empresa a demitir o trabalhador.


  • Meus colegas se aposentaram antes de mim, mesmo tendo entrado depois. Por quê?

    Cada caso é único. Diferenças no tempo de contribuição, tipo de atividade e regras de transição podem justificar.


  • Meu vizinho nunca trabalhou e se aposentou. Posso também?

    Provavelmente, ele recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), que é diferente da aposentadoria.


  • Quais são os benefícios oferecidos pelo INSS?

    O INSS oferece aposentadorias, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-maternidade, auxílio-reclusão e o BPC/LOAS.


  • O que é salário-maternidade?

    O salário-maternidade é um benefício pago à pessoa que precisa se afastar do trabalho por motivo de nascimento de filho, adoção ou guarda judicial.


  • O que é auxílio-reclusão?

    É o benefício pago aos dependentes do segurado preso em regime fechado.


  • Quem tem direito ao salário-família?

    Trabalhadores com renda mensal inferior ao limite estabelecido pelo INSS e que tenham filhos menores de 14 anos ou inválidos.